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domingo, 31 de maio de 2009

Escolha o seu idioma e qualifique-se para o mercado.


sexta-feira, 29 de maio de 2009

Conheça o ASW Idiomas

28 ANOS EDUCANDO
O MAIOR CENTRO DE IDIOMAS DO RIO DE JANEIRO

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quarta-feira, 27 de maio de 2009

Como escolher seu curso de idiomas / Entrevista com o professor Joelson Silva

Cursos de línguas: saiba como fazer a escolha certa.

O GUIA EXPRESSO entrevista o Professor Joelson Silva, formado em letras pela UFRJ, professor de inglês e português há 20 anos para empresários de grandes empresas no Rio e na Baixada Fluminense, e que atualmente é o diretor pedagógico do ASW Idiomas, curso que há 28 anos oferece um leque de 9 idiomas a seus clientes.

Guia Expresso: Professor Joelson, o senhor já atua no ensino de línguas há bastante tempo, que conselhos o senhor daria a quem vai escolher um curso de línguas hoje em dia?

Prof. Joelson Silva: Bom, Raphael, não há nenhuma fórmula mágica para se acertar na escolha, na verdade é mais uma questão de saber se o curso oferece aquilo que você precisa ou quer.

G.E.: Como assim?

J.S.: Veja, até bem pouco tempo atrás, acreditava-se que o melhor caminho era o da indicação. Você conhecia uma pessoa que estudava no curso, ela dizia pra você que o curso era bom e pronto, você ia lá e fazia sua matrícula.

G.E.: De que forma isso mudou?

J.S.: As pessoas estão aprendendo que só isso não basta. Um curso, qualquer que seja, pode ser bom para o seu vizinho e não servir para o seu filho. São pessoas diferentes com pensamentos, opiniões e necessidades diferentes. É importante que, além disso, as pessoas procurem saber se o serviço vai ser bem prestado.

G.E.: E existe uma maneira de saber isso?

J.S.: Hoje em dia você pode contar com instituições como o PROCON e o código de defesa do consumidor no caso do descumprimento do serviço ou se a pessoa se sentir lesada de alguma forma, mas é importante, na hora de escolher o curso, tomar certos cuidados. Por exemplo: saber há quanto tempo o curso funciona naquele endereço e há quanto tempo existe no mercado. Há muitas franquias que não dão certo e fecham num prazo de um a dois anos em média e isso é muito ruim porque, além de, manchar a imagem daqueles que estão fazendo um trabalho sério, não garante ao aluno condições para que ele termine o curso que iniciou. Cursos que estão há mais tempo no mercado podem oferecer garantias maiores porque já atravessaram crises e mais crises e sobreviveram, o que mostra experiência na hora de lidar com as adversidades.

G.E.: Isso já é suficiente então?

J.S.: Claro que não. É aconselhável que se assista pelo menos uma aula antes de fazer a matrícula. Isso pode auxiliar o futuro aluno a identificar, com o uso do material didático em sala de aula, a abordagem metodológica do curso. Certos cursos enfatizam apenas a conversação, deixando a gramática por conta do aluno e ele é que tem que correr atrás.

G.E.: Isso é, de alguma forma, prejudicial?

J.S.: Não exatamente. Se o aluno tem tempo de estudar a estrutura da língua que está aprendendo, isso irá facilitar o aprendizado porque ele vai saber o que está dizendo e não apenas repetindo feito papagaio. Dessa forma, quando ele precisar se expressar e gerar suas próprias frases, não vai ficar dependendo de palavras ou frases “decoradas”. Outra coisa que também é importante: saber quanto vai pagar, se possível, durante todo o curso. Alguns cursos oferecem bolsas com descontos incríveis na mensalidade ou no material, mas quando vira o semestre ou o ano, o aluno é pego de surpresa com um reajuste na mensalidade a qual ele se vê incapaz de pagar e acaba tendo que interromper o curso porque ficou muito caro. A duração do curso também é um item de muita importância. É bom não se iludir, você só levou 12 ou 24 meses pra aprender a falar quando criança porque estava cercado de pessoas que falavam português o tempo todo e também porque seu cérebro era jovem e não conhecia outra língua. Isso é um estado que se assemelha ao que chamamos de imersão, mas quando se estuda em um curso com carga horária de 10 ou 12 horas por mês, muitas vezes só se tem contato com a língua em sala de aula, por isso não se pode esperar milagres sem dedicação.

G.E.: Antes de começar nossa entrevista o senhor havia dito que o ensino de línguas virou mercadoria, o que o senhor quis dizer com isso?

J.S.: Antigamente as coisas eram diferentes. O donos de cursos de línguas eram professores que tinham amor ao que faziam e que por serem bem sucedidos conseguiam montar uma escola de línguas e dar continuidade a um trabalho sem depender do salário do magistério, hoje, os cursos se multiplicaram porque tudo que você precisa é ter dinheiro para investir e ser dono de uma escola de línguas. Não estou dizendo com isso que sou contra a prática de franquias, muito pelo contrário, mas se por um lado, ampliou o mercado de trabalho para professores que saiam formados das faculdades e que antes eram apenas absorvidos pelas escolas públicas e particulares e que agora encontram outra opção nos cursos de línguas, por outro, aquela figura do professor bem sucedido e dono de uma escola de línguas se tornou coisa rara de se ver.

G.E.: O inglês ainda é a língua mais procurada, professor?

J.S.: É sim. Embora hoje tenhamos um contato maior com países de língua espanhola, alemã e, mais recentemente, chinesa, o inglês ainda continua a ser a língua mais procurada. Isso não é uma realidade apenas no Brasil, o inglês é falado como segunda língua em quase todo o mundo. Inclusive, a título de curiosidade, o inglês é mais falado na China do que nos Estados Unidos. Claro que lá ele é ensinado como uma segunda língua, mas como o que não falta na China é gente, é fácil entender o porquê. Além do mais, por ser o inglês a língua adotada para o comércio mundial, o próprio povo chinês hoje estuda inglês para fazer negócios com o mundo o que explica atualmente a grande procura na China por cursos de inglês.

G.E.: Parece que hoje tem muita gente querendo aprender chinês, não é?

J.S.: Não chega a ser tanta gente assim, talvez porque seja um curso, na maioria da vezes, ainda muito caro, mas é só a mídia dizer que o Brasil está fazendo negócios com a China, e pronto, aparece um bando de gente interessada. Tenho minhas dúvidas quanto a pensar se um dia o chinês vai ocupar o lugar que hoje é do inglês no cenário mundial, mas acho esse interesse bastante saudável porque quando se aprende uma segunda língua também se aprende cultura e isso ajuda a compreender e a respeitar aquilo que de início poderia causar estranheza e até gerar preconceito.

G.E.: O curso que o senhor administra oferece oito idiomas, mas não o chinês, por quê?

J.S.: Não tem nada a ver com a procura. Como você vai notar, lá nós oferecemos línguas de varias origens: as neo-latinas como o francês, o italiano e o espanhol, as anglo-germânicas como o inglês e o alemão, as semitas como o árabe e o hebraico, mas a única representante das orientais que oferecemos lá é, realmente, o japonês. Não é nenhum preconceito; na verdade, nos já tínhamos interesse pelo chinês há uns 6 anos atrás, mas tivemos algumas dificuldades em encontrar uma única metodologia que nos dissesse onde terminava o básico, onde começava e terminava o intermediário, e onde se estaria no avançado. Estas informações são essenciais para o nosso cliente, se não temos isso, não podemos oferecer o curso.

G.E.: Professor, que último conselho o senhor daria para quem está interessado em aprender uma segunda língua?

J.S.: Não tenha medo de entrar no curso e fazer as perguntas que achar necessárias para saber o que deseja antes da matrícula. Procure ver o material didático, saber a quantidade de alunos por turma porque quanto maior for esse número, menores serão as chances de aprendizado, questione sobre a formação dos professores e certifique-se de que o que é oferecido serve ao seu interesse, o mais é bons estudos e boa sorte.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Cultura - A história da língua inglesa

A língua inglesa é fruto de uma história complexa e enraizada num passado muito distante.

Há indícios de presença humana nas ilhas britânicas já antes da última era do gelo, quando as mesmas ainda não haviam se separado do continente europeu e antes dos oceanos formarem o Canal da Mancha. Este recente fenômeno geológico que separou as ilhas britânicas do continente, ocorrido há cerca de 7.000 anos, também isolou os povos que lá viviam dos conturbados movimentos e do obscurantismo que caracterizaram os primórdios da Idade Média na Europa.

Sítios arqueológicos evidenciam que as terras úmidas que os romanos vieram a denominar de Britannia já abrigavam uma próspera cultura há 8.000 anos, embora pouco sesaiba a respeito.


OS CELTAS
A história da Inglaterra inicia com os celtas.

Por volta de 1000 a.C., depois de muitas migrações, vários dialetos das línguas indo-européias tornam-se grupos de línguas distintos, sendo um desses grupos o celta. Os celtas se originaram presumivelmente de populações que já habitavam a Europa na Idade do Bronze. Durante cerca de 8 séculos, de 700 a.C. a 100 A.D., o povo celta habitou as regiões hoje conhecidas como Espanha, França, Alemanha e Inglaterra. O celta chegou a ser o principal grupo de línguas na Europa, antes dos povos celtas acabarem quase que totalmente assimilados pelo Império Romano.

A PRESENÇA ROMANA

Em 55 e 54 a.C. ocorrem as primeiras invasões romanas de reconhecimento, sob o comando pessoal de Júlio César. Em 44 A.D., à época do Imperador Claudius, ocorre a terceira invasão, quando então a principal ilha britânica é anexada ao Império Romano até os limites com a Caledônia (atual Escócia) e o latim começa a exercer influência na cultura celta-bretã. Três séculos e meio de presença das legiões romanas e seus mercadores trouxeram profunda influência na estrutura econômica, política e social das tribos celtas que habitavam a Grã Bretanha. Palavras latinas naturalmente passaram a ser usadas para muitos dos novos conceitos.

OS ANGLO-SAXÕES
Devido às dificuldades em Roma enfrentadas pelo Império, as legiões romanas, em 410 A.D., se retiram da Britannia, deixando seus habitantes celtas à mercê de inimigos (Scots e Picts). Uma vez que Roma já não dispunha de forças militares para defendê-los, os celtas, em 449 A.D., recorrem às tribos germânicas (Jutes, Angles, Saxons e Frisians) para obter ajuda. Estes, entretanto, de forma oportunista, acabam tornando-se invasores, estabelecendo-se nas áreas mais férteis do sudeste da Grã-Bretanha, destruindo vilas e massacrando a população local. Os celtas-bretões sobreviventes refugiam-se no oeste. Prova da violência e do descaso dos invasores pela cultura local é o fato de que quase não ficaram traços da língua celta no inglês.
São os dialetos germânicos falados pelos anglos e pelos saxões que vão dar origem ao inglês. A palavra England, por exemplo, originou-se de Angle-land (terra dos anglos). A partir daí, a história da língua inglesa é dividida em três períodos: Old English, Middle English e Modern English. A primeira metade do século I, quando ocorreram as invasões germânicas, marca o início do período denominado Old English.
INTRODUÇÃO DO CRISTIANISMO
Em 432 A.D. St. Patrick inicia sua missão de levar o cristianismo à população celta da Irlanda. Em 597 A.D. a Igreja manda missionários liderados por Santo Agostinho para converter os anglo-saxões ao cristianismo. O processo de cristianização ocorre gradual e pacificamente, marcando o início da influência do latim sobre a língua germânica dos anglos-saxões, origem do inglês moderno. Esta influência ocorre de duas formas: introdução de vocabulário novo referente a religião e adaptação do vocabulário anglo-saxão para cobrir novas áreas de significado. A necessidade de reprodução de textos bíblicos representa também o início da literatura inglesa.

A introdução do cristianismo representou também a rejeição de elementos da cultura celta e associação dos mesmos a bruxaria. A observação ainda hoje de Halloween na noite de 31 de outubro é exemplo remanescente de cultura celta na visão do cristianismo.

Àquele período, a Inglaterra encontra-se dividida em sete reinos anglo-saxões e o Old English, então falado, na verdade não era uma única língua, mas sim uma variedade de diferentes dialetos.
Os dialetos do inglês antigo de antes do cristianismo eram línguas funcionais para descrever fatos concretos e atender necessidades de comunicação diária. O vocabulário de origem greco-latina introduzido pela cristianização expandiu a linguagem anglo-saxônica na direção de conceitos abstratos.
Ao final do século 8, iniciam os ataques dos Vikings contra a Inglaterra. Originários da Escandinávia, estes povos usavam de violência e seus ataques causaram destruição em muitas regiões da Europa. Os vikings que se estabeleceram na Inglaterra eram predominantemente provenientes da Dinamarca e falavam dinamarquês. Estes mais de 200 anos de presença de dinamarqueses na Inglaterra naturalmente exerceu influência sobre o Old English. Entretanto, devido à semelhança entre as duas línguas, torna-se difícil determinar esta influência com precisão.

OLD ENGLISH

Old English, às vezes também também denominado Anglo-Saxon, comparado ao inglês moderno, é uma língua quase irreconhecível, tanto na pronúncia, quanto no vocabulário e na gramática. Para um falante nativo de inglês hoje, das 54 palavras do Pai Nosso em Old English, menos de 15% são reconhecíveis na escrita, e provavelmente nada seria reconhecido ao ser pronunciado. A correlação entre pronúncia e ortografia, entretanto, era muito mais próxima do que no inglês moderno. No plano gramatical, as diferenças também são substanciais.

Em Old English, os substantivos declinam e têm gênero (masculino, feminino e neutro), e os verbos são conjugados.

A CONQUISTA DA INGLATERRA PELOS NORMANDOS NA BATALHA DE HASTINGS

A Batalha de Hastings em 1066, foi um evento histórico de grande importância na história da Inglaterra. Representou não só uma drástica reorganização política, mas também alterou os rumos da língua inglesa, marcando o início de uma nova era.
A batalha foi travada entre o exército normando, comandado por William, Duque da Normandia (norte da França), e o exército anglo-saxão liderado por King Harold, em 14 de outubro de 1066.
O predecessor de Harold havia tido fortes vínculos com a corte da Normandia e supostamente prometido o trono da Inglaterra para o Duque da Normandia. Após sua morte, entretanto, o conselho do reino apontou Harold como sucessor, levando William a apelar para a guerra como forma de impor seus pretensos direitos.
Veja como um artista do século 11 representou, em tapeçaria, a travessia do Canal da Mancha pelas tropas de William:
A sangrenta batalha só terminou ao fim do dia, com o Rei Harold e seus irmãos mortos eum saldo de 1500 a 2000 guerreiros mortos do lado normando e outros tantos ou mais, do lado inglês.
William havia conquistado em poucos dias uma vitória que romanos, saxões e dinamarqueses haviam lutado longa e duramente para alcançar. Ele havia conquistado um país de um milhão e meio de habitantes e provavelmente o mais rico da Europa, na época. Por esse feito ficou conhecido na história como William the Conqueror.

O regime que se instaurou a partir da conquista foi caracterizado pela centralização, pela força e, naturalmente, pela língua dos conquistadores: o dialeto francês denominado Norman French. O próprio William l não falava inglês e, por ocasião de sua morte em 1087, não havia uma única região da Inglaterra que não fosse controlada por um normando. Seus sucessores, William II (1087-1100) e Henry I (1100-1135), passaram cerca de metade de seus reinados na França e provavelmente possuíam pouco conhecimento de inglês.

Durante os 300 anos que se seguiram, principalmente nos 150 anos iniciais, a língua usada pela aristocracia na Inglaterra foi o francês. Falar francês tornou-se então condição para aqueles de origem anglo-saxônica em busca de ascensão social através da simpatia e dos favores da classe dominante.

MIDDLE ENGLISH
O elemento mais importante do período que corresponde ao Middle English foi, sem dúvida, a forte presença e influência da língua francesa no inglês. Essa verdadeira transfusão de cultura franco-normanda na nação anglo-saxônica, que durou três séculos, resultou principalmente num aporte considerável de vocabulário – nada mais. Isto demonstra que, por mais forte que possa ser a influência de uma língua sobre outra, esta influência normalmente não vai além de um enriquecimento de vocabulário, dificilmente afetando a pronúncia ou a estrutura gramatical.

O passar dos séculos e as disputas que acabaram ocorrendo entre os normandos das ilhas britânicas e os do continente, provocam o surgimento de um sentimento nacionalista e, pelo final do século 15, já se torna evidente que o inglês havia prevalecido. Até mesmo como linguagem escrita, o inglês já havia substituído o francês e o latim como língua oficial para documentos. Também começava a surgir uma literatura nacional.

Muito vocabulário novo foi incorporado com a introdução de novos conceitos administrativos, políticos e sociais, para os quais não havia equivalentes em inglês. Em alguns casos, entretanto, já existiam palavras de origem germânica, as quais, ou acabaram desaparecendo, ou passaram a coexistir com os equivalentes de origem francesa, em princípio como sinônimos, mas, com o tempo, adquirindo conotações diferentes. Exemplos:
Além da influência do francês sobre seu vocabulário, o Middle English se caracterizou também pela gradual perda de declinações, pela neutralização e perda de vogais atônicas em final de palavra e pelo início do Great Vowel Shift.

THE GREAT VOWEL SHIFT

Uma acentuada mudança na pronúncia das vogais do inglês ocorreu principalmente durante os séculos 15 e 16. Praticamente todos os sons vogais, inclusive ditongos, sofreram alterações e algumas consoantes deixaram de ser pronunciadas. De uma forma geral, as mudanças das vogais corresponderam a um movimento na direção dos extremos do espectro de vogais, como representado no gráfico abaixo.

O sistema de sons vogais da língua inglesa antes do século 15 era bastante semelhante ao das demais línguas da Europa ocidental, inclusive do português de hoje. Portanto, a atual falta de correlação entre ortografia e pronúncia do inglês moderno, que se observa principalmente nas vogais, é, em grande parte, conseqüência desta mudança ocorrida no século 15.

MODERN ENGLISH

Enquanto que o Middle English se caracterizou por uma acentuada diversidade de dialetos, o Modern English representou um período de padronização e unificação da língua. O advento da imprensa em 1475 e a criação de um sistema postal em 1516 possibilitaram a disseminação do dialeto de Londres - já então o centro político, social e econômico da Inglaterra. A disponibilidade de materiais impressos também deu impulso à educação, trazendo o alfabetismo ao alcance da classe média.

A reprodução e disseminação de uma ortografia finalmente padronizada, entretanto, coincidiu com o período em que ocorria ainda a Great Vowel Shift. As mudanças ocorridas na pronúncia a partir de então, não foram acompanhadas de reformas ortográficas, o que revela um caráter conservador da cultura inglesa. Temos aí a origem da atual falta de correlação entre pronúncia e ortografia no inglês moderno. D’Eugenio assim explica o que ocorreu:

O processo de padronização da língua inglesa iniciou em princípios do século 16 com o advento da litografia, e acabou fixando-se nas presentes formas ao longo do século 18, com a publicação dos dicionários de Samuel Johnson (figura ao lado) em 1755, Thomas Sheridan em 1780 e John Walker em 1791. Desde então, a ortografia do inglês mudou em apenas pequenos detalhes, enquanto que a sua pronúncia sofreu grandes transformações. O resultado disto é que hoje em dia temos um sistema ortográfico baseado na língua como ela era falada no século 18, sendo usado para representar a pronúncia da língua no século 20. (319, minha tradução)

Da mesma forma que os primeiros dicionários serviram para padronizar a ortografia, os primeiros trabalhos descrevendo a estrutura gramatical do inglês influenciaram o uso da língua e trouxeram alguma uniformidade gramatical. Durante os séculos 16 e 17 ocorreu o surgimento e a incorporação definitiva do verbo auxiliar do para frases interrogativas e negativas. A partir do século 18 passou a ser considerado incorreto o uso de dupla negação numa mesma frase como, por exemplo: She didn't go neither.

SHAKESPEARE

William Shakespeare (1564-1616), representou uma forte influência no desenvolvimento de uma linguagem literária. Sua imensa obra é caracterizada pelo uso criativo do vocabulário então existente, bem como pela criação de palavras novas. Substantivos transformados em verbos e verbos em adjetivos, bem como a livre adição de prefixos e sufixos e o uso de linguagem figurada são freqüentes nos trabalhos de Shakespeare.

Ao mesmo tempo em que a literatura se desenvolvia, o colonialismo britânico do século 19, levava a língua inglesa a áreas remotas do mundo, proporcionando contato com culturas diferentes e trazendo novo enriquecimento ao vocabulário do inglês.

Desde o início da era cristã até o século 19, seis idiomas chegaram a ser falados na Inglaterra: Celta, Latim, Old English, Norman French, Middle English e Modern English. Essa diversidade de influências explica o fato de ser o inglês uma língua menos sistemática e menos regular, quando comparado às línguas latinas e mesmo ao alemão. Poderíamos ser levados a concluir também que o inglês de hoje pode ser comparado a uma colcha feita de retalhos de tecidos de origem das mais diversas.

AMERICAN ENGLISH

A esperança de alcançar prosperidade e os anseios por liberdade de religião foram os fatores que determinaram a colonização da América do Norte. A chegada dos primeiros imigrantes ingleses em 1620, marca o início da presença da língua inglesa no Novo Mundo.

À época da independência dos Estados Unidos, em 1776, quando a população do país chegava perto de 4 milhões, o dialeto norte-americano já mostrava características distintas em relação aos dialetos das ilhas britânicas. O contato com a realidade de um novo ambiente, com as culturas indígenas nativas e com o espanhol das regiões adjacentes ao sul, colonizadas pela Espanha, provocou um desenvolvimento de vocabulário diverso do inglês britânico.
Hoje, entretanto, as diferenças entre os dialetos britânicos e norte-americanos estão basicamente na pronúncia, além de pequenas diferenças no vocabulário. Ao contrário do que aconteceu entre Brasil e Portugal, Estados Unidos da América e Inglaterra mantiveram fortes laços culturais, comerciais e políticos. Enquanto que o português ao longo de 4 séculos se desenvolveu em dois dialetos substancialmente diferentes em Portugal e no Brasil, as diferenças entre os dialetos britânico e norte-americano são menos significativas.

O INGLÊS COMO LÍNGUA DO MUNDO

Fatos históricos recentes explicam o atual papel do inglês como língua do mundo.
Em primeiro lugar, temos o grande poderio econômico da Inglaterra nos séculos 18, 19 e 20, alavancado pela Revolução Industrial, e a conseqüente expansão do colonialismo britânico. Este verdadeiro império de influência política e econômica, que atingiu seu ápice na primeira metade do século 20, quando chegou a ficar conhecido como "the empire where the sun never sets" devido à sua vasta abrangência geográfica, provocou uma igualmente vasta disseminação da língua inglesa.

Em segundo lugar, o poderio político-militar do EUA a partir da segunda guerra mundial e a marcante influência econômica e cultural resultante, acabaram por deslocar o francês como língua predominante nos meios diplomáticos e solidificar o inglês na posição de padrão das comunicacões internacionais. Simultaneamente, ocorre um rápido desenvolvimento do transporte aéreo e das tecnologias de telecomunicação. Surgem os conceitos de information superhighway e global village para caracterizar um mundo no qual uma linguagem comum de comunicação é imprescindível.

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RESUMO CRONOLÓGICO

10.000 - 6.000 a.C. - Sítios arqueológicos evidenciam a presença do homem nas terras que encontravam-se ainda unidas ao continente europeu e que os romanos posteriormente viriam a denominar de Britannia.

1.200 - 600 a.C. - Celtas se estabelecem na Europa e ilhas britânicas, marcando a partir daí sua presença na Europa por cerca de 8 séculos, antes de sua quase completa assimilação pelo Império Romano.

55 e 54 a.C. - Primeiras incursões romanas de reconhecimento, sob o comando de Júlio César.

44 A.D. - Legiões romanas, à época do Imperador Claudius, invadem e anexam a principal ilha britânica.

50 A.D. - Os romanos fundam Londinium às margens do Tâmisa.

410 A.D. - Legiões romanas se retiram das ilhas britânicas para defender Roma de ataques dos bárbaros.

432 A.D. - St. Patrick inicia sua missão de cristianizar a Irlanda.

450 - 550 A.D. - Tribos germânicas (anglos e saxões) se estabelecem na Britannia após a saída das legiões romanas. Início do período Old English.


500 - 1100 - Período que corresponde ao Old English.

465 A.D. - Suposta data de nascimento do lendário Rei Artur.

597 A.D. - Chegada de Santo Agostinho e seus missionários para converter os anglo-saxões ao cristianismo. Inicia o primeiro período de influência do latim na língua anglo-saxônica.

600 A.D. - A Inglaterra encontra-se dividida em 7 reinos anglo-saxões.

787 - 1000 A.D. - Ataques escandinavos (Vikings).

871 A.D. - Coroação do King Alfred, rei dos saxões do oeste, reconhecido como rei da Inglaterra após ter expulsado os Vikings.

1066 - Batalha de Hastings, em que os franceses normandos, liderados por William, derrotam Harold, conquistando a Inglaterra e dando início a um período de 350 anos de forte influência do francês sobre o inglês.

1066-1087 - Reinado de William I (William the Conqueror), primeiro rei normando.

1087-1100 - Reinado de William II, filho de William I e segundo rei normando.

1100-1135 - Reinado de Henry I, também filho de William I, o terceiro rei normando e o primeiro a ter uma esposa britânica (Mathilda of Scotland). É provável que Henry I tivesse algum domínio sobre o inglês, e foi em seu reinado que as diferenças entre as sociedades anglo-saxônica e normanda começaram a lentamente diminuir.


1100 - 1500 - Período que corresponde ao Middle English.

1204 - King John, Rei da Inglaterra, entra em conflito com o Rei Philip da França, marcando o início de um novo período de valorização do sentimento nacionalista inglês.

1300 - Robert of Gloucester faz referência à língua inglesa como sendo ainda uma língua falada na Inglaterra apenas por "low people".

1362 - Inglês é usado, pela primeira vez, na abertura do Parlamento Inglês.

1400 - 1600 - Período em que ocorrem com mais intensidade as mudança de vogais (Great Vowel Shift).

1475 - Advento da imprensa, dando início a uma padronização da ortografia e levando à disseminação da forma ortográfica do dialeto de Londres.


1500 até hoje - Período correspondente ao Modern English.

1516 - Henrique VIII cria o primeiro sistema postal da Inglaterra.

1558 - Início do reinado de Elizabeth I (filha de Henrique VIII) e da era elisabetana, período caracterizado por um substancial aumento do vocabulário do inglês e pelas monumentais obras literárias de Spenser, Shakespeare e Jonson.

1564 - Nascimento de William Shakespeare.

1603 - Morte de Elizabeth I e fim do período elisabetano.

1611 - A Igreja da Inglaterra publica a King James Bible, que exerceu grande influência na linguagem de então.

1620 - Os Pilgrims chegam à America do Norte e estabelecem a Colônia de Plymouth.

1755 - Samuel Johnson publica A Dictionary of the English Language, trazendo estabilidade à língua inglesa.

1762 - Bishop Robert Lowth publica Short Introduction to English Grammar, a primeira gramática influente da língua inglesa.

1776 - Declaração da independência dos Estados Unidos.

1700 - 1900 - Revolução Industrial, a qual alavancou o poderio econômico da Inglaterra, permitindo a expansão do colonialismo britânico e conseqüentemente da língua inglesa no século 19.

1945 - Fim da segunda guerra mundial, marca o início de um período de influência político-militar dos EUA e uma conseqüente influência econômica e cultural decisiva nos dias de hoje.

1980 - 1990 - Surgimento da Internet.

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BIBLIOGRAFIA

Cambridge, Corpus Christi College 140 [WSCp], Lord's Prayer - a translation of the Gospels written in Bath in the first half of the 11th century; edited by Liuzza (1994). Read by Cathy Ball (Department of Linguistics, Georgetown University) for Edward Vanetten's Sunday School class. Online Oct 21, 2003.

Crystal, David. The Cambridge Encyclopedia of the English Language. Cambridge University Press, 1999.

D'Eugenio, Antonio. Major Problems of English Phonology. Foggia, Italy: Atlantica, 1982.

Encarta 97 Encyclopedia. Microsoft, 1997.

McArthur, Tom. The Oxford Companion to the English Language. Oxford, 1992.

Norton-Taylor, Duncan. The Celts. Time Inc, 1974.

Wallbank, T. Walter, Alastair M. Taylor and Nels M. Bailkey. Civilization Past and Present. Scott, Foresman & Co., 1962.

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OUTROS SITES SOBRE A HISTÓRIA DO INGLÊS:

Merriam-Webster's History of English - The excellent Merriam-Webster's version of the history of the English language.

English Through the Ages - Very complete text plenty of linguistic information and sample texts in Old and Middle English.

Internet Resources for the History of English - A collection of links about the history of English by the University of Wisconsin, USA.

Fonte : Schütz, Ricardo. História da Língua Inglesa. English Made in Brazil. Online. 12 de março de 2004